sábado, 25 de maio de 2013

Educação Brasileira – leituras históricas, sociológicas e filosóficas






Educação Brasileira – leituras históricas, sociológicas e filosóficas 

A Educação no Brasil vem sofrendo fortes impactos no decorrer da sua historia, já que educação era um produto escasso e disponível apenas para uma classe privilegiada.
A história nos revela a saga da educação e suas contribuições para o desenvolvimento da sociedade, no entanto sempre cerceada pelo interesse de poucos.
O capitalismo surge com a proposta de tornar a escola uma empresa e a partir de então a educação passa a ser objeto de interesse não por que privilegiaria as pessoas, mas pelo retorno financeiro que poderia proporcionar, dessa forma podemos afirmar que as relações do modo de produção do capitalismo se contrapõem a educação e financia o analfabetismo, porque a mão de obra analfabeta é mais barata o que favorece o capitalista, uma estrutura voltada para interesses financeiros, onde o ativo valioso é o dinheiro, enquanto que na educação o ativo valioso é o ser humano.
No período colonial vimos três movimentos ligados à educação como que tentativas de produzir educação no Brasil:
Educação Jesuítica, primeira tentativa de inserir uma prática educativa no Brasil, que se dedicava a catequizar e ao trabalho educativo, nesse caso a igreja católica era a principal interessada, depois da reforma protestante e o enfraquecimento da evangelização na Europa a estratégia foi enviar os sacerdotes para as colônias a fim de manter o controle da igreja ali. Dessa forma implantara o método “Ratio Studiornium” tratava-se de um padrão para escolarização onde o professor era o detentor do saber, Currículo elitista e avaliação bancária.
Reforma Pombalina: Contrario ao método utilizado pelos jesuítas, que no seu conceito era retrógado e impedia o progresso, Pombal expulsa os jesuítas das terras portuguesas e colônias. Com ideias iluministas Hibridas as quais ele adaptou a uma realidade com objetivo de confrontar as ideias da nobreza portuguesa sem prejudicar o rei.
Transferência da Família Real para o Brasil:   Destituídos de poder na metrópole, ameaçados por uma invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal a família foge para o Brasil e traz consigo as duas faces da moeda, glamour e prejuízos. Porém ainda assim deram sua parcela de contribuição para a educação dentro outros a implantação do museu e a biblioteca nacional.
Enfim é possível identificar um recorte étnico/racial na produção do analfabetismo /educação, os negros foram excluídos das escolas, os pobres se tornaram reféns dos políticos corruptos que não se interessam na educação do povo para viabilizar a manipulação nas eleições. Os brancos uma minoria privilegiada, a classe elitista com acesso livre a educação, realidade presente até os dias de hoje. O que nos leva a concluir que o analfabetismo atinge apenas uma classe, a dos menos favorecidos, pobres, índios e negros, as politicas publicas são direcionadas para atender as necessidades de uma minoria. As politicas educacionais não saem do papel, a má distribuição das verbas publicas gerenciam a desigualdade social, nesse quadro a  sociologia da educação tem como  meta projetar a melhoria social, no entanto como podemos constatar ao longo da historia vários fatores tem prejudicado a sociologia de cumprir o seu papel e a meta hoje tem sofrido um declínio, em virtude da burocracia, condições precárias para os professores trabalharem, a sobrecarga de trabalho, alunos que não cumprem seu papel cultural, desvalorização dos profissionais da educação, e etc.
As relações sociais conflituosas em ascensão e as relações de cooperação cada vez mais estão se enfraquecendo, uma maioria de seres adaptáveis que se condicionam a viver a margem do conhecimento, “uma sociedade vazia, sem conteúdos”.


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