A Educação no Brasil vem sofrendo
fortes impactos no decorrer da sua historia, já que educação era um produto
escasso e disponível apenas para uma classe privilegiada.
A história nos revela a
saga da educação e suas contribuições para o desenvolvimento da sociedade, no
entanto sempre cerceada pelo interesse de poucos.
O capitalismo surge com a
proposta de tornar a escola uma empresa e a partir de então a educação passa a
ser objeto de interesse não por que privilegiaria as pessoas, mas pelo retorno
financeiro que poderia proporcionar, dessa forma podemos afirmar que as
relações do modo de produção do capitalismo se contrapõem a educação e financia
o analfabetismo, porque a mão de obra analfabeta é mais barata o que favorece o
capitalista, uma estrutura voltada para interesses financeiros, onde o ativo
valioso é o dinheiro, enquanto que na educação o ativo valioso é o ser humano.
No período colonial vimos
três movimentos ligados à educação como que tentativas de produzir educação no
Brasil:
Educação Jesuítica, primeira tentativa de inserir uma
prática educativa no Brasil, que se dedicava a catequizar e ao trabalho
educativo, nesse caso a igreja católica era a principal interessada, depois da
reforma protestante e o enfraquecimento da evangelização na Europa a estratégia
foi enviar os sacerdotes para as colônias a fim de manter o controle da igreja
ali. Dessa forma implantara o método “Ratio Studiornium” tratava-se de um
padrão para escolarização onde o professor era o detentor do saber, Currículo
elitista e avaliação bancária.
Reforma Pombalina: Contrario ao método utilizado pelos
jesuítas, que no seu conceito era retrógado e impedia o progresso, Pombal
expulsa os jesuítas das terras portuguesas e colônias. Com ideias iluministas
Hibridas as quais ele adaptou a uma realidade com objetivo de confrontar as ideias
da nobreza portuguesa sem prejudicar o rei.
Transferência da Família
Real para o Brasil: Destituídos de poder na metrópole, ameaçados
por uma invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal a família foge para o Brasil e
traz consigo as duas faces da moeda, glamour e prejuízos. Porém ainda assim
deram sua parcela de contribuição para a educação dentro outros a implantação
do museu e a biblioteca nacional.
Enfim é possível
identificar um recorte étnico/racial na produção do analfabetismo /educação, os
negros foram excluídos das escolas, os pobres se tornaram reféns dos políticos
corruptos que não se interessam na educação do povo para viabilizar a
manipulação nas eleições. Os brancos uma minoria privilegiada, a classe
elitista com acesso livre a educação, realidade presente até os dias de hoje. O
que nos leva a concluir que o analfabetismo atinge apenas uma classe, a dos menos
favorecidos, pobres, índios e negros, as politicas publicas são direcionadas
para atender as necessidades de uma minoria. As politicas educacionais não saem
do papel, a má distribuição das verbas publicas gerenciam a desigualdade
social, nesse quadro a sociologia da
educação tem como meta projetar a
melhoria social, no entanto como podemos constatar ao longo da historia vários
fatores tem prejudicado a sociologia de cumprir o seu papel e a meta hoje tem
sofrido um declínio, em virtude da burocracia, condições precárias para os
professores trabalharem, a sobrecarga de trabalho, alunos que não cumprem seu
papel cultural, desvalorização dos profissionais da educação, e etc.
As relações sociais conflituosas em ascensão e as
relações de cooperação cada vez mais estão se enfraquecendo, uma maioria de
seres adaptáveis que se condicionam a viver a margem do conhecimento, “uma
sociedade vazia, sem conteúdos”.